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Estudo identifica perfil do fraudador brasileiro

Postou 26/01/2012 - 17:13 (#1) Membro offline   Ismael 


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Estudo identifica perfil do fraudador brasileiro
01/23/12 3:16 PM Tag por: 2005 Acre Fraude São Paulo Os casos de fraudes envolvendo funcionários de empresas vêm crescendo nos últimos anos, e já preocupam os dirigentes de empresas de médio e grande porte, visto que as perdas, muitas vezes, podem comprometer a saúde financeira da companhia.

Procurando ajudar no combate às fraudes, a empresa de auditoria KPMG decidiu elaborar um estudo para identificar o perfil destes fraudadores. Em sua terceira edição, o estudo foi divulgado em reunião do comitê de Finanças da Amcham (Câmara Americana de Comércio de São Paulo).

A pesquisa envolveu dirigentes de aproximadamente 250 empresas nacionais, a maior parte de médio porte e atuante no setor industrial (57%). Metade dos dirigentes entrevistados era composta por diretores ou gerentes financeiros.

Como era de se esperar, 45% dos entrevistados acreditam que as fraudes podem ameaçar a situação financeira das empresas. A pior constatação, porém, é de que 55% deles acreditam que existe uma tendência crescente no nível de ocorrência de fraudes no País.

Maioria das fraudes é praticada por homens
Mas, quem são os responsáveis por tais atos? Segundo o levantamento da KPMG, a maioria dos responsáveis por atos fraudulentos nas empresas é composta por homens com idade entre 26 e 40 anos, que ocupam cargos hierarquicamente pouco elevados.

Segundo o estudo, 83% dos fraudadores são homens. Pouco menos da metade (46%) tem salários entre R$ 1 mil e R$ 3 mil. Porém, como ressalta o estudo, ainda que mais raras (1% dos casos), as fraudes praticadas por diretores ou presidentes acarretam perdas mais significativas para as empresas. Na maior parte dos casos (83%), as perdas são relativamente pequenas, abaixo de R$ 1 mil. Porém, em 2% dos casos, envolvem mais de R$ 10 milhões.

Maioria é praticada por funcionários
Em mais da metade dos casos (58%), as fraudes são praticadas por funcionários das empresas. O restante é composto por prestadores de serviços (18%), fornecedores (14%) e, em casos esporádicos, por clientes (8%). Assim, quando o assunto é prevenção de fraudes, a diretora de Forensic (área de investigação de fraudes contábeis e financeiras) da KPMG, Márcia Klinke, é categórica ao afirmar que “a grande maioria está dentro de casa”.

Ainda mais preocupante é a constatação de que, em geral, são funcionários com algum tempo de casa. Em 81% dos casos, o fraudador estava na empresa por mais de dois anos: 38% dos casos com 2-5 anos de casa, 21% dos casos com 6-10 anos de casa e em 22% dos casos, com mais de 10 anos de casa.

Metade não recupera perdas
Dentre as razões levantadas para o crescimento das fraudes corporativas, a maioria dos entrevistados aponta a perda de valores morais e sociais (62%). Porém, a insuficiência nos mecanismos de controle (51%) e a impunidade (52%) também são vistos como fatores que contribuem para a tendência.

Neste sentido, Márcia Klinke lembra que muitas empresas não dão prosseguimento a processo judicial, o que não só dificulta a recuperação das perdas, como favorece a sensação de impunidade. Cerca de 50% das empresas não conseguem recuperar nada do que foi perdido.

Os três pilares da fraude
Em seu estudo, a KPMG afirma que as fraudes decorrem da combinação de três fatores:

Oportunidade : A existência de sistemas de controle deficientes, ausência de segregação de atividades e abuso de autoridade facilitam a ação dos fraudadores, que exploram erros prévios.

Pressão : No caso, a pressão é exercida sobre o fraudador, que pode estar com dívidas, dificuldades familiares, doença na família, ter vícios ou simplesmente estar querendo se vingar do empregador, ou de algum superior imediato.

Racionalização : Completando o quadro, o fraudador passa a justificar seus atos, alegando, por exemplo, que: “não recebe o suficiente pelo que faz”, “todos fazem o mesmo”, “a empresa tem como pagar”.

Dentre as formas de prevenção, a KPMG destaca a importância de se conhecer os antecedentes do funcionário. Segundo a auditoria, 30% das empresas não realizam background checks, ou seja, não entram em contato com antigos empregadores na tentativa de entender o porquê do desligamento.

Outro fator importante é a adoção de sistemas de controle mais eficientes, uma vez que, em mais da metade dos casos de fraudes (52%), o problema é identificado pelos controles internos. Outras fontes importantes no combate às fraudes são: auditoria interna (39%), informações dos funcionários (29%) via canais de comunicação como hotlines.

Uma vez confirmada a fraude, a maioria (60%) opta pela demissão do funcionário. Preocupados com a situação, a maioria dos executivos entrevistados (84%) afirmou que está investindo na melhoria dos controles internos. Mas, 73% deles acreditam que seja preciso combinar esta ação com o planejamento de diretrizes sobre integridade e ética profissional. Segundo a KPMG, atualmente apenas 10% das empresas adotam este tipo de procedimento.


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