Contábil-Experts - Fórum de Contabilidade, Tributos e Departamento Pessoal: Financiamento bancário - Contábil-Experts - Fórum de Contabilidade, Tributos e Departamento Pessoal

Ir para

Imagem
Página 1 de 1
  • Novo tópico
  • Responder

Financiamento bancário

Postou 17/06/2011 - 17:24 (#1) Membro offline   VIVIANE FERNANDES 


  • Grupo: Membros
  • Posts: 7
  • Cadastrado: 08/06/2011
  • Localidade: BA Itabuna - BA
  • Posição 376

Prezados

Necessito de ajuda para fazer a contabilização (lançamentos contabeis) da compra de um veículo usado de Pessoa Fisica para a Pessoa juridica nas seguintes condições:

1. Compra de veículo valor total: 39.611,00
2. Entrada no valor de 8.000,00
3. Restante financiado pelo banco bradesco conta juridica da empresa: 31.611,00 ( este valor compõe o restante para fazer o pagamento total do veiculo)
4. Valor total financiado 31.611,00 + IOF e taxa de finaciamento 1.128,56 = 32.739,56
5. Para finalizar a informação que veio em contrato foi: 20 parcelas fixas de 2.038,38

A empresa é tributada pelo simples nacional.

Desde já agradeço.

Aguardo retorno.
0

Postou 17/06/2011 - 21:49 (#2) Membro offline   BRANDÃO 


  • Grupo: Membros
  • Posts: 438
  • Cadastrado: 10/06/2011
  • Localidade: SP São Paulo - SP
  • Posição 4

Tendo como principio que o acessório segue o principal, todo o custo de financiamento deve ser incorporado ao valor do ativo.. Para que no futuro o ganho de capital seja diminuído em uma eventual venda. O ganho de capital das empresas do Simples são tributados separadamente.

Normalmente, se o financiamento é feito por uma financeira ao invés de financiamento direto pela concessionária, os valores podem ser destacados, assim

D Veículos
C Banco pelo sinal.............R$ 8.000,00

D Veículos
C Fornecedores ....Saldo da compra conf. nota fiscal R$ 31.611,00

D Fornecedores R$ 31.611,00 pago direto pelo banco
D Despesas Financeiras R$ 8.028,04
D ISOF R$ 1.128,56
C Financiamento Bradesco a pagar R$ 40.767,60 total financiado
0

Postou 18/06/2011 - 10:32 (#3) Membro offline   PAULO SÉRGIO ALMEIDA 


  • Grupo: Membros
  • Posts: 1
  • Cadastrado: 08/06/2011
  • Localidade: MG Teófilo Otoni - MG
  • Posição 1198

Questionamento: Brandão, o valor R$ 8.028,04 pode ser lançado diretamente em Despesas Financeiras?
Não seria o caso de lançar primeiramente em Despesas a Apropriar(Ativo) e posteriormente, lançar 01/20 avos em Despesas Financeiras?
0

Postou 18/06/2011 - 12:16 (#4) Membro offline   VIVIANE FERNANDES 


  • Grupo: Membros
  • Posts: 7
  • Cadastrado: 08/06/2011
  • Localidade: BA Itabuna - BA
  • Posição 376

Ver postPAULO SÉRGIO ALMEIDA, em 18/06/2011 - 10:32, disse:

Questionamento: Brandão, o valor R$ 8.028,04 pode ser lançado diretamente em Despesas Financeiras?
Não seria o caso de lançar primeiramente em Despesas a Apropriar(Ativo) e posteriormente, lançar 01/20 avos em Despesas Financeiras?



Brandão Obrigada !!!
Muito escalrecedora sua resposta, mas... com relação as despesas finaceiras fiquei com a mesma dúvida do Paulo Sérgio.

Desde já agradeço.
0

Postou 18/06/2011 - 13:24 (#5) Membro offline   saulo 


  • Grupo: Membros
  • Posts: 32
  • Cadastrado: 08/06/2011
  • Localidade: SC Navegantes - SC
  • Posição 63

Boa tarde,

Os registros contábeis até então demonstrados, estão longe de atender os Princípios Contábeis Geralmente Aceitos.

Como o financiamentodo foi contratado em vinte parcelas a contar do mês atual, a exigibilidade bem como os encargos finaceiros a transcorrer, devem ser proporcionalizados entre curto e longo prazo.

...
0

Postou 18/06/2011 - 18:05 (#6) Membro offline   BRANDÃO 


  • Grupo: Membros
  • Posts: 438
  • Cadastrado: 10/06/2011
  • Localidade: SP São Paulo - SP
  • Posição 4

Ver postVIVIANE FERNANDES, em 18/06/2011 - 12:16, disse:

Brandão Obrigada !!!
Muito escalrecedora sua resposta, mas... com relação as despesas finaceiras fiquei com a mesma dúvida do Paulo Sérgio.

Desde já agradeço.


Você pode fazê-lo, pois não há nenhuma influêcia tributária quanto ao IRPJ pois a empresa está no Simples.
0

Postou 18/06/2011 - 18:11 (#7) Membro offline   BRANDÃO 


  • Grupo: Membros
  • Posts: 438
  • Cadastrado: 10/06/2011
  • Localidade: SP São Paulo - SP
  • Posição 4

Ver postsaulo, em 18/06/2011 - 13:24, disse:

Boa tarde,

Os registros contábeis até então demonstrados, estão longe de atender os Princípios Contábeis Geralmente Aceitos.

Como o financiamentodo foi contratado em vinte parcelas a contar do mês atual, a exigibilidade bem como os encargos finaceiros a transcorrer, devem ser proporcionalizados entre curto e longo prazo.

...


É uma forma muito forte de analisar uma opinião. Os registros contábeis até então demonstrados, estão longe de atender os Princípios Contábeis Geralmente Aceitos."
Em uma empresa de lucro real tal preocupação seria válida, pois haveria uma antecipação de despesas, mas numa empresa do Simples...
Mesmo em uma empresa sob o lucro real, pelas novas regras, o valor teria de ser lançado em despesas ( Não existe mais o ativo diferido) e o controle fiscal seria feito pelo lalur.
0

Postou 18/06/2011 - 19:35 (#8) Membro offline   contadora.mcr 


  • Grupo: Membros
  • Posts: 362
  • Cadastrado: 08/06/2011
  • Localidade: RS Pelotas - RS
  • Posição 7

Eu faria da seguinte forma.... ;)



D: Veículos (ativo não-circulante/imobilizado)................................................ 39.611,00
C: Banco (ativo circulante/disponível).............................................................. 8.000,00
C: Fornecedores (passivo circulante).................................................................................... 31.611,00

D: Fornecedores (passivo circulante)................................................................ 31.611,00
D: Encargos Financeiros a apropriar (ativo circulante) ............................... 8.028,04
D: IOF s/ financiamento (resultado) ................................................................ 1.128,56
C: Financiamento a pagar (passivo circulante) ................................................................... 40.767,60


Pelo pagamento da primeira parcela do financiamento e apropriação do encargo financeiro:

D - Financiamento a pagar (passivo circulante) ................................................ 1.580,55
C - Banco (ativo circulante/disponível)...................................................................................... 1.580,55

D - Despesas Financeiras (resultado) ...............................................................457,83
C - Encargos Financeiros a apropriar (ativo circulante)..........................................................457,83
0

Postou 18/06/2011 - 21:18 (#9) Guest_Barbozzanetto_*

  • Grupo: Visitantes
  • Posição 0

Contadora.mcr, boa noite...

Sua resposta atende perfeitamente ao questionamento da colega Viviane Fernandes, entretanto os valores lançados carecem de retificação.

a. O valor da conta Financiamento a pagar no primeiro momento monta em R$ 40.767,60 (Passivo Cirlulante) = 20 parcelas de R$ 2.038,38

b. O valor da conta Encargos Financeiros a apropriar no primeiro momento monta em R$ 8.028,04 (Ativo Circulante). = 20 quotas de R$ 401,40, podemos considerar a primeira quota o valor de R$ 401,44 e as 19 restantes o valor de R$ 401,40

c. O IOF foi considerado despesas financeiras (Resultado do exercício) pelo montante - R$ 1.128,56

Isto posto o lançamento pelo pagamento da primeira parcela do financiamento seria:

D-Finciamento a pagar (Passivo Circulante)
C -Bancos c/movimento ou Caixa (Ativo Circulante)Valor - R$ 2.038,38, o que no final dos 20 meses resultaria a conta Financiamento a Pargar com saldo R$0,00

D-Despesas Financeiras (Resultado do exercício)
C-Encargos financeiros a Apropriar (Ativo Circulante) Valor - 401,44, o que no final dos 20 meses resultaria a conta Encargos Financeiros a Apropriar com saldo R$0,00

Finalmente gostaria de expor o seguinte: independentemente do tipo de sociedade porte e enquadramento, é sempre bom fazermos a contabilidade normal, isso deixa o cliente pronto para migrar, evitando-se assim o trabalho de eleborarmos o balanço de abertura quando da migração. A contabilidade, não so hoje, mas sempre, foi e sera um instrumento de análise e norte para os empresários.

Um abraço.
0

Postou 18/06/2011 - 22:35 (#10) Membro offline   contadora.mcr 


  • Grupo: Membros
  • Posts: 362
  • Cadastrado: 08/06/2011
  • Localidade: RS Pelotas - RS
  • Posição 7

ok. colega. está ok. grata
0

Postou 19/06/2011 - 00:55 (#11) Membro offline   Maria Paula 


  • Grupo: Membros
  • Posts: 689
  • Cadastrado: 08/06/2011
  • Localidade: SP São Paulo - SP
  • Posição 2

Só para complementar. O colega citou que os ajustes devem ser feitos no Lalur e eu discordo, pois na minha opinião os ajustes deverão ser feitos no fcont quando pertientes.
Nenhum lançamento realizada com base nas novas regras deverão estar registrados no lalur, pois o mesmo destina-se a ajustes fiscais que não é o caso. Por este motivo foi criado o Fcont.
Abraços
0

Postou 19/06/2011 - 08:46 (#12) Membro offline   BRANDÃO 


  • Grupo: Membros
  • Posts: 438
  • Cadastrado: 10/06/2011
  • Localidade: SP São Paulo - SP
  • Posição 4

Todas as opiniões aqui expostas serviram para que cada um pudesse ver como a Contabilidade oferece múltiplas opçoes dependendo da utilidade que a ela se queira dar.

Como falaram em princípios contábeis geralmente aceitos, até como crítica à minha primeira resposta, então vamos por os pingos nos "iis"

Se vocês lerem a 1ª parte da minha primeira resposta poderão ver que indiquei este caminho e depois citei uma alternativa.

Sem considerar o tamanho e o regime tributário da empresa, como alguns sugeriram, então devemos aplicar princípios tais como eles são aprovados.

O CPC indica que os custos financeiros dos empréstimos devem ser agregados ao bem ao qual se referem, no caso, um veículo.Assim, todos os encargos seriam acrescidos ao imobilizado e se sujeitariam às depreciações anuais.

CPC 20 -
1. "Custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, à construção ou à produção de ativo qualificável formam parte do custo de tal ativo. "

É isso.


0

Postou 19/06/2011 - 11:05 (#13) Membro offline   saulo 


  • Grupo: Membros
  • Posts: 32
  • Cadastrado: 08/06/2011
  • Localidade: SC Navegantes - SC
  • Posição 63

Bom dia Brandão,

Não entenda minha mensagem primeira diferente do desejo de simplesmente indicar a forma de registrar contabilmente financiamentos adquiridos a longo prazo. Não pretendi (com isto) criticá-lo e devo-lhe desculpas se assim dei a entender.

A forma por mim sugerida está inquestionavelmente correta e nada tem a ver com os "custos de empréstimos que serão diretamente atribuíveis à aquisição, à construção ou à produção do Ativo qualificável formam parte do custo de tal ativo" até mesmo porque o CPC em questão refere-se - neste caso e como você mesmo bem explicou - ao valor a ser ativado/imobilizado.

Tenha em conta que agregar os encargos financeiros ao valor do bem não significa deixar de reconhecê-los como despesas que são.

A obrigação de se elaborar a contabilidade das empresas (diferentemente do que a Receita Federal apregoa e daquilo que alguns contadores entendem) não está atrelada ao regime tributário a que esta se sujeita. A Receita Federal dispensa a contabilidade das empresas do Simples Nacional e as optantes pelo Lucro Presumido porque à ela interessa apenas o resultado tributável e nestes dois casos a tributação se dá diretamente sobre as receitas (pelo total no primeiro caso e por percentuais de presunção, no último).

...
0

Postou 19/06/2011 - 11:25 (#14) Membro offline   Kleiton 


  • Grupo: Membros
  • Posts: 11
  • Cadastrado: 11/06/2011
  • Localidade: MG Ipatinga - MG
  • Posição 202

Olá,
Acabei de me formar no técnico e ainda não atuei na área, minha dúvida é:
* Se o financiamento é de 20 parcelas, parte desse financiamento deve ser lançado no Passivo não Circulante?
Ex: Ou seja 12 parcelas a Curto Prazo e 8 no Longo Prazo.
D_ Veiculo
C_ Banco .
C_ Financiamento Curto Prazo
C_ Financiamento Longo Prazo

Alguns exercícios que fazia nas aulas, era preciso fazer essa consideração. Gostaria de saber se alguém conhece essa situação. Obrigado.
0

Postou 19/06/2011 - 11:32 (#15) Membro offline   VR CONTABILIDADE 


  • Grupo: Membros
  • Posts: 257
  • Cadastrado: 08/06/2011
  • Localidade: SP São Paulo - SP
  • Posição 13

Concordo plenamente com o Barbozzanetto, pois mesmo a empresa estando no simples é viavel fazer a contabilização igual aos outros regimes de apuração, pois se essa empresa migrar não será preciso fazer ajuste para a nova forma de tributação.
Vagner

Ver postBarbozzanetto, em 18/06/2011 - 21:18, disse:

Contadora.mcr, boa noite...

Sua resposta atende perfeitamente ao questionamento da colega Viviane Fernandes, entretanto os valores lançados carecem de retificação.

a. O valor da conta Financiamento a pagar no primeiro momento monta em R$ 40.767,60 (Passivo Cirlulante) = 20 parcelas de R$ 2.038,38

b. O valor da conta Encargos Financeiros a apropriar no primeiro momento monta em R$ 8.028,04 (Ativo Circulante). = 20 quotas de R$ 401,40, podemos considerar a primeira quota o valor de R$ 401,44 e as 19 restantes o valor de R$ 401,40

c. O IOF foi considerado despesas financeiras (Resultado do exercício) pelo montante - R$ 1.128,56

Isto posto o lançamento pelo pagamento da primeira parcela do financiamento seria:

D-Finciamento a pagar (Passivo Circulante)
C -Bancos c/movimento ou Caixa (Ativo Circulante)Valor - R$ 2.038,38, o que no final dos 20 meses resultaria a conta Financiamento a Pargar com saldo R$0,00

D-Despesas Financeiras (Resultado do exercício)
C-Encargos financeiros a Apropriar (Ativo Circulante) Valor - 401,44, o que no final dos 20 meses resultaria a conta Encargos Financeiros a Apropriar com saldo R$0,00

Finalmente gostaria de expor o seguinte: independentemente do tipo de sociedade porte e enquadramento, é sempre bom fazermos a contabilidade normal, isso deixa o cliente pronto para migrar, evitando-se assim o trabalho de eleborarmos o balanço de abertura quando da migração. A contabilidade, não so hoje, mas sempre, foi e sera um instrumento de análise e norte para os empresários.

Um abraço.

0

Postou 19/06/2011 - 16:33 (#16) Membro offline   saulo 


  • Grupo: Membros
  • Posts: 32
  • Cadastrado: 08/06/2011
  • Localidade: SC Navegantes - SC
  • Posição 63

Boa tarde Kleiton,

No Exigivel a Longo Prazo (Grupo Não Circulante) devem ser registradas as obrigações conhecidas e os encargos estimados, cujos prazos estabelecidos ou esperados, situem-se após o término de exercício subsequente à data do levantamento dos Balancetes Mensais (NBC-T.2.7) e do Balanços Patrimoniais (NBC-T-1) ( Cosif )

Significa dizer que no caso presente (considerando que o financiamento tenha sido contratado em Junho/2011) devem ser registradaos a longo prazo apenas as parcelas venciveis em Janeiro e Fevereiro de 2012,

...
0

Postou 19/06/2011 - 16:48 (#17) Membro offline   contadora.mcr 


  • Grupo: Membros
  • Posts: 362
  • Cadastrado: 08/06/2011
  • Localidade: RS Pelotas - RS
  • Posição 7

Saulo... não seria longo prazo... a partir de janeiro 2013???
0

Compartilhar este tópico:


Página 1 de 1
  • Novo tópico
  • Responder


1 usuário(s) está(ão) lendo este tópico
0 membro(s), 1 visitante(s), 0 membro(s) anônimo(s)

IPB Skins by Skinbox

Skin e idioma